O edifício Aimberê fica no distrito de Perdizes, São Paulo e ganhou o prêmio de melhor Condomínio Residencial acima de 5 pavimentos, na premiação da Revista Arquitetura e Construção em 2010.
Este edifício de apartamentos está em um bairro central da cidade de São Paulo, com boa infra-estrutura urbana, comércio e serviços. Por isso, foi concebido como um edifício sem áreas comuns ou atividades em grupo dentro do lote (como ginásios ou salões de festas, etc.), algo muito comum na maioria dos edifícios residenciais da região. Neste caso, o grupo de espaço é a própria cidade, as praças, seus eventos.
O prédio tem uma volumetria que se insere delicadamente na quadra, com gabarito de nove andares e um amplo recuo da calçada. Este jardim de entrada funciona como respiro tanto para o prédio quanto para a rua, além de configurar uma entrada bastante marcante, com os planos inclinados que formam o jardim e a rampa de acesso ao hall.
O edifício é resultado do encaixe das doze unidades autônomas que compõe, cada uma com sua morfologia específica – existem apartamentos com pé-direito duplo, apartamentos que se abrem para os jardins do térreo e outros que usam a cobertura como solário. Ainda assim, a associação destas unidades de características diferentes foram trabalhadas para que resultasse numa volumetria geral interessante. Para tanto existe uma série de vazios no prédio que organizam o conjunto. São amplas varandas que funcionam como verdadeiros quintais dos apartamentos, ou fendas que recortam o volume com o objetivo de trazer luz para os espaços internos. Na entrada, um desses vazios, em forma de tronco de pirâmide, conduz o visitante desde a rampa de acesso até o hall principal do edifício.
Cada unidade tem sua morfologia própria. Além disso, o espaço interior dos apartamentos pode ser configurado com grande liberdade, de acordo com as necessidades dos moradores. Cozinhas e banheiro podem ser mudados de lugar, os espaços podem ser totalmente integrados ou então divididos em ambientes específicos. O projeto, segundo os arquitetos, foi pensado desde a origem com um propósito de se criar espaços flexíveis, uma vez que nos grandes centros urbanos sã cada vez mais necessários arquiteturas que deem conta de mutabilidade e velocidade de transformação dos modos de viver.
Projeto: Edificio Residencial na Rua Aimberê
Local: Perdizes (distrito de
São Paulo)
Ano do Projeto: 2005
– 2006
Ano de Conclusão: 2008
Área Construida: 3.685 m²
Arquitetos Responsáveis: Vinicius
Andrade e Marcelo Morettin
Coordenadora: Manina Mermalstein
Estrutura: Esteng
Paisagismo: Bonsal Paisagismo
Gabriela Solon Perez Albella
Victória Silva Barboni
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